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Argentina e Chile se unem para criar "A rota de vinho mais longa do mundo"
24 de dezembro de 2020 - Drica Cestari
O roteiro de 1,3 mil quilômetros terá atrações de enoturismo na região chilena de Coquimbo e em quatro províncias argentinas.
O Instituto Nacional de Promoção Turística (Inprotur) da Argentina e o Serviço Nacional de Turismo (Sernatur) do Chile realizaram uma reunião virtual no último dia 16 para promover este projeto em conjunto. Também participaram da reunião os representantes da recém-criada Organização Mundial de Enoturismo (GWTO/OMET).
Mais de 180 vinícolas, além de hotéis, restaurantes, fontes termais e museus estão incluídos no roteiro da rota de vinho mais longa do mundo.
O percurso chamado de "Orígenes, la Ruta del Vino más larga del mundo" ("Origens, a Rota do Vinho mais longa do mundo" em português) terá cerca de 1,3 mil quilômetros começando em La Serena, na região chilena de Coquimbo e terminando na cidade mais antiga da Argentina, Santiago del Estero, também chamada de "Mãe das Cidades". Além de Santiago del Estero, a rota também passará pelas províncias argentinas de San Juan, La Rioja e Catamarca.
A província de San Juan, incluída no roteiro da mais longa rota de vinho do mundo, também faz parte da região vinícola de Cuyo, região montanhosa do centro-oeste argentino onde a viticultura é uma das principais atividades econômica. 80% da produção vinícola da Argentina é feita em Cuyo.
A Argentina e o Chile são os maiores produtores de vinho da América Latina e estão entre os maiores produtores de vinho de todo o mundo. Os dois países contam com mais de 380 vinícolas, sendo mais de 250 na Argentina e 130 no Chile. Em 2017, a Argentina ocupava o sexto lugar do ranking mundial com 2,9 milhões de toneladas de vinho produzidas, enquanto o Chile estava uma posição abaixo com 2,3 milhões de toneladas. A Itália ocupa o primeiro lugar com 8,5 milhões de toneladas, seguida pela França, China, Estados Unidos e Espanha. O Brasil está em décimo lugar, com 1,3 milhão de toneladas.
Fundada no século XVI, La Serena é uma das principais cidades turísticas do Chile, capital da Região de Coquimbo e o ponto de partida da rota de vinho mais longa do mundo.
Além de fomentar o enoturismo, a rota também promoverá o patrimônio natural, ancestral e turístico dos dois países. Na década de 1550, os clérigos espanhóis após fundarem La Serena, primeira cidade costeira do Chile, cruzaram a Cordilheira dos Andes, e também fundaram a cidade mais antiga da Argentina, Santiago del Estero. Nesta mesma rota, as primeiras videiras foram trazidas do Chile, consolidando a viticultura entre os dois países do Cone Sul.
A maior rota enológica do mundo ajudará também as localidades locais, gerando mais formas de rendas diretas e indiretas ao enoturismo, segmento do turismo baseado em viagens motivada pela apreciação de vinhos e da manutenção das tradições e cultura das localidades que produzem esta bebida.
Estarão incluídos neste roteiro mais de 180 vinícolas, além de hotéis, restaurantes, fontes termais e museus.
Esta iniciativa é mais um esforço para manter o turismo de forma criativa durante a pandemia. Eventos foram cancelados, as vinícolas e as demais atrações de enoturismo dos dois países tiveram uma redução significativa de visitantes e receitas.
O enoturismo é um dos segmentos mais proeminentes do turismo em vários países.
O enoturismo é um dos segmentos de turismo que mais cresce em todo o mundo, principalmente após a primeira década do século XXI. Nos Estados Unidos, o enoturismo representa 17% do total de viajantes de lazer. Na Itália, o subsetor atrai cinco milhões de viajantes, gerando 2,5 bilhões de euros em receitas.
A rota de vinho sul-americana irá superar em tamanho a Rota do Vinho na África do Sul, com cerca de 850 km, e a Rota Binacional do Vinho entre Sonora e Arizona, na fronteira entre o México e os Estados Unidos.
Atualmente, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) reconhece 12 vinhedos históricos: um no Oriente Médio e 11 na Europa. Esta novidade pode-se tornar a primeira da lista de todo o Continente Americano.
A rota de vinho mais longa do mundo termina em Santiago del Estero, cidade mais antiga da Argentina e capital da província de mesmo nome.
Os brasileiros não precisam de visto de turismo e negócios para visitar a Argentina e o Chile para estadias de até 90 dias. Nos dois países, a entrada de brasileiros também é permitida com a Cédula de Identidade Civil (RG), segundo a página do Portal Consular do Ministério das Relações Exteriores. Esta página contém uma lista com informações de todos os países que exigem ou dispensam vistos de turismo ou de negócios para cidadãos brasileiros que possuem passaporte comum.
Verifique sempre a possibilidade de ingressar em países e destinos, devido às restrições impostas pela pandemia de COVID-19.
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