Machu Picchu reabre ao turismo após quase oito meses
03 de novembro de 2020 - Drica Cestari
Machu Picchu reabriu no domingo após quase oito meses fechada, devido às restrições impostas para conter a pandemia do novo coronavírus (COVID-19).
Mesmo após a sua reabertura, a maior atração turística peruana só poderá ser visitada com algumas restrições de higiene e segurança. Apenas 675 turistas poderão acessar o local por dia. Este número significa apenas 30% do número de visitantes permitidos para visitar o local antes desta pandemia.
Machu Picchu reabre ao turismo após quase oito meses.
“Hoje Machu Picchu reabre. Abre-se com protocolos (de saúde e segurança), abre-se para dizer que estamos nos reativando, mas com responsabilidade e muita prudência, porque vemos tudo acontecendo no mundo” disse a ministra da Produção, Rocío Barrios.
O primeiro trem de turistas, acompanhado por jornalistas, chegou a Aguas Calientes (formalmente chamada de Machu Picchu-Pueblo). Este é o acesso mais próximo à cidade inca de Machu Picchu.
O Peru é um dos países com maior número de casos em todo o mundo. Até ontem, 02/11, o país andino registrou 906.545 casos e 34.585 óbitos causados pelo COVID-19. O Peru está em 11º lugar em número de casos e 10º em número de mortes, considerando os 218 países e territórios que registraram casos da doença até o momento. O Peru também tem a segunda maior taxa de mortes por habitantes (1.044 mortes por um milhão de habitantes - dados oficiais de 02/11/2020), atrás apenas de San Marino. Neste critério, o Brasil está em sexto lugar com 752 óbitos por um milhão de habitantes.
Apesar dos números expressivos, os casos e óbitos registrados têm diminuído constantemente no Peru. Em 18 de agosto, a média diária de casos de coronavírus dos sete dias anteriores era de 8.522. Os dados mais recentes apontam para uma média de 2.282 casos. O Peru chegou a registrar mais de 300 óbitos diários em junho. Os dados mais recentes apontam uma média diária de 55 mortes por coronavírus.
Assim como em todo o mundo, a pandemia de COVID-19 atingiu fortemente o setor de turismo. No Peru, não foi diferente. Dezenas de milhares de pessoas que vivem da indústria do turismo do país foram impactadas com as medidas de restrição para o combate a esta pandemia. Especialmente para a cidade de Cusco, ponto de partida para Machu Picchu, com seus mais de 400 mil habitantes. Muitas empresas e serviços ligados diretamente ou indiretamente ao turismo (hotéis, restaurantes, agências de turismo, guias de turismo, transporte, etc.) faliram ou passaram por enormes dificuldades financeiras durante os mais de 100 dias de bloqueio das principais atividades.
Estabelecimentos formais conseguiram obter algum tipo de ajuda do governo, mas os serviços informais, voltados especialmente para os mochileiros, passaram por sérias dificuldades durante este período.
Machu Picchu, que significa "velha montanha" na língua quíchua, foi declarada Santuário Histórico Peruano em 1981 e Patrimônio Mundial da UNESCO em 1983. Em 2007, Machu Picchu foi eleita uma das Novas Sete Maravilhas do Mundo em uma enquete mundial pela Internet.
Localizada na Cordilheira Oriental do sul do Peru, em uma cordilheira de 2.430 metros, este ícone da civilização inca está dentro da província de Urubamba, acima do Vale Sagrado dos Incas, a 80 quilômetros de Cusco.
Construída no século XV no estilo inca clássico, com paredes de pedra seca polida, Machu Picchu é o legado mais duradouro do Império Inca, a maior civilização da América pré-colombiana. Os incas a construíram por volta de 1450, mas abandonaram a edificação um século depois, na época da conquista espanhola. A maioria dos arqueólogos acredita que Machu Picchu foi construída como uma propriedade para o imperador Inca Pachacuti.
Machu Picchu tem uma área edificada de 530 metros de comprimento por 200 de largura com mais de 170 recintos. O complexo está dividido em duas áreas: na zona agrícola estão os terraços de cultivo e na zona urbana as edificações para atividades civis e religiosas, como o Templo do Sol e a Residência Real. As duas áreas estão separadas por um muro, uma escadaria e um fosso.
O complexo de Machu Picchu está dividido em duas áreas: a agrícola e a urbana, construída para atividades civis e religiosas.
A maioria dos edifícios foi reconstruída para uma ideia de como eles eram originalmente. Uma parcela considerável deste Patrimônio Mundial já foi restaurada.
Muitas vezes referida erroneamente como a "Cidade Perdida dos Incas", Machu Picchu é o ícone mais conhecido da civilização Inca. Embora conhecida localmente, os espanhóis não tinham conhecimento dela durante o período colonial. Machu Picchu permaneceu desconhecida para o mundo exterior até 1911, quando foi redescoberta pelo historiador americano Hiram Bingham.
Desde sua descoberta, um número crescente de turistas passou a visitar o local, que chegou a mais de 1,5 milhão de visitantes em 2019. Machu Picchu se tornou a atração turística mais visitada e maior geradora de receitas do Peru.
No final dos anos 1990, o governo peruano concedeu concessões para permitir a construção de um teleférico e um hotel de luxo, incluindo um complexo turístico com butiques e restaurantes e uma ponte para o local. Muitas pessoas protestaram contra os planos, incluindo pesquisadores e ativistas peruanos e estrangeiros, dizendo que mais visitantes representariam um risco para as ruínas. Em 2018, o governo local retomou os planos de construir novamente um teleférico para impulsionar o turismo doméstico. A UNESCO considera incluir Machu Picchu em sua Lista de Patrimônio Mundial em Perigo.
A reabertura de Machu Picchu durante a pandemia representa um esforço das autoridades locais para retomar o turismo na região, sem colocar em perigo a saúde dos visitantes e moradores e manter a rica história da civilização inca e do Peru.
Os brasileiros não precisam de visto de turismo e negócios para visitar a República do Peru para estadias de até 90 dias. A entrada de brasileiros no país também é permitida com a Cédula de Identidade Civil (RG), segundo a página do Portal Consular do Ministério das Relações Exteriores. Esta página contém uma lista com informações de todos os países que exigem ou dispensam vistos de turismo ou de negócios para cidadãos brasileiros que possuem passaporte comum.
Verifique sempre a possibilidade de ingressar neste país ou em outro destino, devido às restrições impostas pela pandemia de COVID-19.
O uso de máscara facial é uma das exigências em muitos destinos de viagem.
A pandemia de COVID-19 já registrou mais de 47 milhões de casos em todo o mundo com mais de 1,2 milhão de mortes. No Brasil já foram registrados mais de 5,5 milhões de casos e mais de 160 mil óbitos. O COVID-19 é uma doença respiratória aguda causada pelo coronavírus da síndrome respiratória aguda grave 2 (SARS-CoV-2), contagioso entre seres humanos. A doença foi identificada pela primeira vez em Wuhan, na província de Hubei, na China, em 1 de dezembro de 2019, mas o primeiro caso foi reportado em 31 de dezembro do mesmo ano. Para mais informações de como se prevenir, saber os sintomas do coronavírus, como é transmitido, diagnóstico, como se proteger e ajudar a evitar a propagação de doenças respiratórias como o COVID-19 acesse a página oficial do Ministério da Saúde destinada ao novo coronavírus COVID-19.
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