Arquipélago de Anavilhanas, segundo maior arquipélago fluvial do mundo, já pode ser visitado
27 de agosto de 2020 - Drica Cestari
O arquipélago de Anavilhanas, a principal atração do Parque Nacional de Anavilhanas, está disponível para a visitação turística desde o dia 18 de agosto. O Parque Nacional de Anavilhanas é a 14ª Unidade de Conservação Federal reaberta pelo ICMBio.
Arquipélago de Anavilhanas - Parque Nacional de Anavilhanas.
A programação prevê uma abertura do Parque Nacional de Anavilhanas de forma gradual e monitorada, e com todos os cuidados relativos à saúde, respeitando também os protocolos de segurança para evitar a proliferação do novo coronavírus (COVID-19). A reabertura de parques e atrativos naturais faz parte das medidas que estão sendo adotadas de retomada gradual das atividades econômicas no estado do Amazonas.
Como parte das medidas tomadas para evitar a propagação do COVID-19, o visitante está obrigado a usar a máscara de proteção e deve praticar o distanciamento social mínimo de dois metros, durante todo o período que estiver no parque. O mesmo distanciamento deve ser seguido nos ambientes de espera, respeitando o espaçamento mínimo entre as pessoas, as orientações e as marcações no piso para evitar aglomerações.
Neste primeiro momento, a visitação acontece de forma limitada até 50% da capacidade de público. Não está liberada a visita nas bases avançadas I e II da Unidade de Conservação, até que sejam expressamente autorizadas pela gestão da unidade. Eventos, filmagens, visitas e pesquisas no parque poderão ser realizados com autorização prévia.
Prestadores de serviços, agências e operadores de turismo estão autorizados a atuarem no Parque Nacional de Anavilhanas, seguindo as regulamentações municipais e estadual, e o "Protocolo para Reabertura da Visitação nas Unidades de Conservação do Mosaico do Baixo Rio Negro”. Há uma série de protocolos de higiene e segurança para minimizar os riscos de contaminação aos visitantes e colaboradores. Entre as medidas adotadas devem disponibilizar álcool em gel 70% ou produto de higienização para as mãos; os transportes aquáticos e terrestres devem priorizar a ventilação natural, e somente poderão comportar até 50% da sua capacidade de público, levando em conta cada tipo de veículo; devem ser feitas limpezas e desinfecções frequentes em superfícies, nas áreas de uso comum, e nos veículos no final de cada viagem; e nas atividades que exigem o uso de algum equipamento de proteção individual, estes somente poderão ser compartilhados após serem higienizados e desinfetados.
Fechado ao público por cinco meses, a retomada das atividades segue normas estabelecidas pelos Decretos Municipais de Novo Airão, e pela publicação da Portaria nº 867 no Diário Oficial da União, em 18/08/2020, assinado pelo presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), permitindo a reabertura da Unidade de Conservação Federal.
Outras medidas de restrição e contenção podem ser propostas de acordo com as diretrizes do Governo do Estado do Amazonas, da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) e dos órgãos das administrações municipais, bem como pelo o que for estabelecido no Plano de Manejo da Unidade de Conservação Federal. Portanto, acompanhe as nossas notícias e confira nos sites oficiais as novas recomendações e limitações para a visitação do Parque Nacional de Anavilhanas.
Arquipélago de Anavilhanas - Parque Nacional de Anavilhanas.
Conheça o Parque Nacional de Anavilhanas
Não dá para falar do Parque Nacional de Anavilhanas sem antes mencionar o rio Negro, o grande protagonista neste cenário que se altera ao longo do ano. A paisagem é moldada conforme a variação do nível das suas águas, que desperta sensações e sentimentos singulares.
O rio Negro banha o arquipélago de Anavilhanas, que consiste em um labirinto com mais de 400 ilhas fluviais, cercada pela vegetação amazônica, que se espelha nas águas negras do rio. Segundo maior arquipélago fluvial do mundo, só ficando atrás do de Mauriá, também no rio Negro, no município de Barcelos (AM), o arquipélago de Anavilhanas é responsável por dar nome ao parque. Acredita-se que Anavilhanas pode ter relação com navios, responsável pelo transporte de mercadorias e pessoas pelo rio negro, o que culminou na expansão das fronteiras brasileiras para o nordeste da Amazônia. O arquipélago continua sendo uma importante hidrovia que conecta a capital aos municípios do rio Negro.
Criado em 1981, como Estação Ecológica, e recategorizado em 2008, como Unidade de Conservação Federal, o Parque Nacional de Anavilhanas preserva mais de 350 mil hectares da região do baixo Rio Negro, o arquipélago fluvial de Anavilhanas, e as diversas formações florestais do bioma Amazônia. O Parque Nacional de Anavilhanas abriga uma rica flora e fauna local. A área serve de lar para espécies da fauna ameaçadas de extinção, como a onça-pintada, o tamanduá-bandeira, o tatu-canastra, a ariranha, o peixe-boi-da-Amazônia e o boto cor-de-rosa. Além de espécies endêmicas e outras espécies não ameaçadas que compõem a biodiversidade do local. Nas trilhas do parque podem-se encontrar uma grande variedade de espécies vegetais e árvores de grande porte, como os macucus gigantes; e também da fauna como antas, pacas, porcos-do-mato, tucanos e papagaios. Esta reserva ambiental ajuda a proteger os ecossistemas naturais e culturais das comunidades tradicionais ribeirinhas, e também é responsável pela produção de pesquisas científicas, educação ambiental e turismo sustentável. Por toda sua riqueza ambiental, o Parque Nacional de Anavilhanas foi reconhecido como Patrimônio Mundial Natural da Humanidade e Reserva da Biosfera pela UNESCO.
O Parque Nacional de Anavilhanas encontra-se na bacia do rio Negro, o mais extenso rio de água negra do mundo. O rio Negro tem influência na importante bacia hidrográfica Amazônica, sendo um dos principais afluentes do rio Amazonas.
O parque não cobra ingresso e nem exige autorização de entrada. Atividades como passeios de barco, interação com os botos-vermelhos (também chamados de botos cor-de-rosa) e escaladas em árvores são contratadas e pagas diretamente às operadoras e prestadores de serviços particulares que atuam no parque e no entorno.
A área concentra refúgios naturais preservados, perfeitos para aqueles que querem estar em contato com a natureza. Os visitantes podem fazer caminhadas no meio da mata; fazer passeio por trilhas aquáticas de igapó, ou seja, passeios de barco por dentro das florestas alagadas; banhar-se nas águas do rio Negro; contemplar as deslumbrantes paisagens com a observação da rica flora e fauna amazônica; praticar atividades náuticas; escaladas em árvores; fazer visitas às comunidades tradicionais ribeirinhas; conhecer os belos trabalhos artesanais de Novo Airão; interagir com os botos-vermelhos e ter vistas incríveis sobrevoando de hidroavião o arquipélago das Anavilhanas, entre outros atrativos.
O Parque Nacional de Anavilhanas pode ser visitado durante o ano todo e apresenta duas estações distintas: a estação seca, que ocorre de setembro a fevereiro; e a estação cheia, de março a agosto. No período da seca, a grande atração são as praias fluviais, de areias brancas, que emergem por todo o arquipélago. Na época das cheias essas praias ficam submersas nas águas do rio Negro e dão lugar ao labirinto de trilhas aquáticas que se formam entre as florestas alagadas. Em qualquer época, a natureza presenteia os visitantes com cenários incríveis do verde intenso da mata espelhando no rio Negro e pores do sol memoráveis, além de trilhas terrestres no meio da floresta Amazônica, e a oportunidade de ter contato com os principais anfitriões do parque: os botos cor-de-rosa. Quem vai uma vez acaba sempre querendo voltar para vivenciar novas experiências nas duas épocas do ano.
O parque recomenda que o visitante contrate o serviço de um guia ou condutor especializado para enriquecer a experiência e o aprendizado sobre a biodiversidade, geografia e cultura da região. Guias locais de visitação podem ser contratados em Novo Airão, nas proximidades do parque.
O Parque Nacional de Anavilhanas não dispõe de estruturas com restaurantes e lanchonetes. Banheiros ou serviço de radiocomunicação somente nas bases de vigilância do parque. O sinal de celular é fraco na região. É possível conseguir alguma comunicação na rede telefônica nas proximidades da cidade de Novo Airão, mas isto dependerá das condições climáticas e da disponibilidade da operadora do serviço.
A administração do parque recomenda que o visitante leve o "kit de campo" que consiste em protetor solar, repelente, capa de chuva, roupa de banho e, se for andar nas trilhas, calça comprida e calçado fechado apropriado. Deve ter atenção redobrada e armazenar em sacos os pertences pessoais mais sensíveis, principalmente ao fazer os passeios de barco. Importante também verificar se a vacina da febre amarela está em dia.
Existe a possibilidade de pernoitar no interior do parque em abrigos rústicos, dormindo em redes, em árvores, e em acampamentos selvagens. Outras opções são hotéis e pousadas em Novo Airão. Os preços variam conforme o tipo de acomodação.
O Parque Nacional de Anavilhanas abrange os territórios dos municípios de Novo Airão e Manaus, no baixo Rio Negro. O acesso ao parque pode ser feito por via terrestre, fluvial ou aérea, partindo da capital do Amazonas. Por via aérea é necessário autorização prévia. Para quem vem de Manaus, deve seguir pela rodovia AM-070, em direção a Manacapuru (AM), e após passar pelo balneário do Miriti, tomar a AM-352, sentido Novo Airão (AM). O percurso pode ser feito com veículo próprio, por estrada asfaltada, mas há também serviços de táxi-lotação ou ônibus executivo saindo de Manaus para Novo Airão. Outra maneira é através de pacotes para transporte exclusivo à cidade sede do parque. Novo Airão está aproximadamente a 200 km de Manaus por via terrestre.
O uso de máscara facial é uma das exigências em muitos destinos de viagem.
A pandemia de COVID-19 já registrou mais de 24 milhões de casos em todo o mundo com mais de 830 mil mortes. No Brasil já foram registrados mais de 3,7 milhões de casos e mais de 118 mil óbitos. O COVID-19 é uma doença respiratória aguda causada pelo coronavírus da síndrome respiratória aguda grave 2 (SARS-CoV-2), contagioso entre seres humanos. A doença foi identificada pela primeira vez em Wuhan, na província de Hubei, na China, em 1 de dezembro de 2019, mas o primeiro caso foi reportado em 31 de dezembro do mesmo ano.
Para mais informações de como se prevenir, saber os sintomas do coronavírus, como é transmitido, diagnóstico, como se proteger e ajudar a evitar a propagação de doenças respiratórias como o COVID-19 acesse a página oficial do Ministério da Saúde destinada ao novo coronavírus COVID-19.
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