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Ouro Preto - um dos oito destinos brasileiros que serão tendência em 2024

28 de dezembro de 2023 - Drica Cestari

De acordo com a Booking.com, oito destinos nacionais registraram um maior crescimento anual no número de reservas e são considerados destinos tendência nacionais para o próximo ano. Ouro Preto é uma delas. Saiba o porquê.


Localizada a cerca de duas horas de carro de Belo Horizonte, atual capital do estado de Minas Gerais, Ouro Preto é conhecida como um "museu a céu aberto". Esta fama se deve ao grande número de edificações coloniais praticamente intactas nesta cidade.

A cidade histórica de Ouro Preto foi um dos oito destinos nacionais selecionados como tendência em 2024A cidade histórica de Ouro Preto foi um dos oito destinos nacionais selecionados como tendência de viagem no próximo ano.

Palco da Inconfidência Mineira, Ouro Preto tem uma importância histórica, religiosa e cultural, além da integridade de seus prédios históricos, igrejas, ruas e casas. Tudo isto foi fundamental para que o seu centro histórico fosse o primeiro local brasileiro a se tornar Patrimônio Mundial da Humanidade.

Atualmente, o município tem cerca de 75 mil habitantes. Em 1730, Ouro Preto já contava com 40 mil moradores, uma das mais populosas cidades das Américas naquela época. Para efeitos de comparação, Nova York tinha a metade dos habitantes de Ouro Preto e São Paulo não tinha nem oito mil moradores. É bom ressaltar que estes números incluem Congonhas, Ouro Branco e Itabirito, entre outros municípios que faziam parte de Ouro Preto e se emanciparam posteriormente.

A quantidade expressiva de moradores de Ouro Preto no século XVIII se deve ao fato que a região está localizada numa das principais áreas do ciclo do ouro. Este metal precioso foi descoberto na região no final do século XVII.

Ouro Preto foi criada em 24 de junho de 1698. A localidade foi elevada à categoria de vila em 1711, com a fusão de vários arraiais, fundados por bandeirantes. Inicialmente era chamada "Vila Rica de Albuquerque", e depois, "Vila Rica de Nossa Senhora do Pilar de Ouro Preto". Além de Vila Rica, outras duas primeiras vilas de Minas Gerais também foram criadas neste mesmo ano: Ribeirão do Carmo, atual Mariana; e Nossa Senhora da Conceição de Sabarabussu, atual Sabará.

O Museu da Inconfidência, dedicado à preservação da memória da Inconfidência Mineira, está localizado na antiga Casa de Câmara e Cadeia de Vila Rica. Foto: RicardotakamuraO Museu da Inconfidência, dedicado à preservação da memória da Inconfidência Mineira, está localizado na antiga Casa de Câmara e Cadeia de Vila Rica. Foto: Ricardotakamura.

Em 1720, após a Revolta de Vila Rica, a Capitania de São Paulo e Minas de Ouro foi desmembrada. Foram criadas a capitania de São Paulo e a capitania de Minas Gerais. Vila Rica, atual Ouro Preto, foi escolhida para ser a capital de Minas Gerais. As capitanias eram a principal divisão administrativa do Brasil colonial. Elas foram substituídas pelas províncias no período imperial, e por estados, após a proclamação da república.

O nome atual do município se deve à tonalidade do ouro encontrado na época. Uma camada de óxido de ferro dava ao metal uma aparência escurecida. Já o ouro encontrado na região de Ouro Branco tinha uma coloração esbranquiçada. Ouro Branco era distrito de Ouro Preto, mas se emancipou em 1953.

Após a Independência do Brasil, Vila Rica recebeu o título de Imperial Cidade de Ouro Preto, concedido por Dom Pedro I. A cidade, que era capital da Capitania de Minas Gerais passou a ser capital da Província de Minas Gerais.

A região passou por reformas e inaugurações desde que Ouro Preto se tornou o centro administrativo de Minas Gerais. Em 1897, ocorreu a transferência da capital estadual para uma cidade planejada, Belo Horizonte. A mudança de capital foi aprovada quatro anos antes, após a abolição do Império.

A mudança da sede do governo mineiro foi alegada pelas dificuldades que a topografia de Ouro Preto apresentava para o seu crescimento. Cinco localidades foram sugeridas para se tornar a nova capital: Juiz de Fora, Barbacena, Paraúna, Várzea do Marçal e Belo Horizonte.

A melhor forma de conhecer o centro histórico de Ouro Preto é a pé, mas deve-se tomar cuidado com o calçamento antigo e as ladeiras e ruas íngremes.A melhor forma de conhecer o centro histórico de Ouro Preto é a pé, mas deve-se tomar cuidado com o calçamento antigo e as ladeiras e ruas íngremes.

Os partidários pela manutenção da capital em Ouro Preto propuseram uma profunda revitalização e ressaltaram a dimensão histórica do local para Minas e para o Brasil. A proclamação da república acelerou a mudança da capital, já que Ouro Preto simbolizava também o passado colonial e imperial, enquanto uma nova capital representaria o futuro.

Com a inauguração de Belo Horizonte, cerca de 45% da população deixou Ouro Preto. A mudança da capital contribuiu para preservação do Centro Histórico de Ouro Preto, já que o esvaziamento da cidade inibiu o seu crescimento urbano nas décadas seguintes.

Entretanto, houve um resgate da relevância da arte na região na década de 1920. As obras de Antônio Francisco Lisboa, mais conhecido como Aleijadinho, e Manuel da Costa Ataíde, o Mestre Ataíde, passaram a ser vistas como manifestações originais de uma cultura genuinamente brasileira.

As igrejas de estilo barroco e rococó e a arquitetura da região voltaram a ser prestigiadas. Em 1933, Ouro Preto foi reconhecida oficialmente como patrimônio estadual e cinco anos depois, como monumento nacional. Em 1980, a Cidade Histórica de Ouro Preto se tornou Patrimônio Mundial pela UNESCO, tornado-se o primeiro local brasileiro a se tornar um Patrimônio da Humanidade.

As igrejas de Ouro Preto têm importância religiosa, histórica e artística. Destacam-se na cidade as igrejas de São Francisco de Assis, Matriz do Pilar, Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Antônio Dias, Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, Nossa Senhora do Carmo e a Capela do Padre Faria.

A melhor forma de conhecer o centro histórico de Ouro Preto é a pé, mas deve-se tomar cuidado com o calçamento antigo e as ladeiras e ruas íngremes.Interior da Igreja de Nossa Senhora do Carmo, monumento tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Foto: Rodrigo Tetsuo Argenton.

Ouro Preto tem uma altitude média de 1.116 metros e um clima tropical de altitude. O relevo da cidade apresenta uma alta variação. De 700 metros no distrito de Amarantina aos mais de 1.600 metros no distrito de Antônio Pereira. A maior temperatura registrada no município foi de 33,9 °C em 28 de outubro de 1980 e a menor de 0 °C em 15 de junho de 1925, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). Há relatos de queda de neve em Ouro Preto em 19 de junho de 1843. O período de maior precipitação vai de outubro a abril, enquanto os meses de maio a agosto são mais secos.

Como o relevo acidentado não favorece as atividades agropastoris (integração entre agricultura e pecuária em uma mesma propriedade), floresceram na região as atividades educacionais, indústrias metalúrgicas e de mineração, principalmente de: ouro; turmalina; hematita; dolomita; muscovita; pirita; topázio; e topázio imperial, que é encontrado no Brasil apenas em Ouro Preto. Recentemente, Ouro Preto também se tornou um polo universitário e um polo tecnológico.

Além das atividades econômicas citadas, o turismo também é uma fonte de renda importante na economia local. Entretanto, o elevado número de visitantes e as atividades de mineração na região geram preocupações para manter este patrimônio histórico. O crescimento desordenado e o tráfego de veículos pesados são um dos maiores desafios para a manutenção do mais importante conjunto de edificações barrocas do continente americano.

Em 2016, o Serviço Geológico do Brasil (SGB) declarou, a partir de estudos feitos no local, que há 313 áreas de risco geológico no município. Em 2021, um outro levantamento constatou que 882 domicílios e 3.006 moradores estavam em situação de risco.

Glorificação de Nossa Senhora entre anjos músicos, de Mestre Ataíde, no teto da Igreja de São Francisco de Assis. Foto: Ricardo André Frantz.Glorificação de Nossa Senhora entre anjos músicos, de Mestre Ataíde, no teto da Igreja de São Francisco de Assis. Foto: Ricardo André Frantz.

O Centro Histórico de Ouro Preto pode ser conhecido a pé. Aliás, esta é a melhor maneira para conhecer a parte antiga da cidade, já que as ruas são estreitas e há poucas vagas para estacionamento de veículos. Pessoas com mobilidade reduzida podem ter dificuldades de locomoção para enfrentar as ladeiras íngremes e calçamento antigo das ruas e calçadas. Recomenda-se para todos os visitantes o uso de calçados confortáveis, de preferência com solados antiderrapantes.

Ouro Preto também conta com vários museus que mantêm sua vocação histórica e cultural. O Museu da Inconfidência, localizado na Praça Tiradentes, preserva a memória da Inconfidência Mineira, mas também tem em seu acervo obras de Aleijadinho e do Mestre Ataíde. Sobressaem-se também na cidade: o Museu das Reduções, Museu do Ouro, Museu Aleijadinho, Museu Casa Guignard, Museu da Música, Museu Casa dos Contos, Museu de Pharmacia, Museu de Ciência e Técnica da Escola de Minas, Museu do Oratório, e Museu de Arte Sacra Praça Monsenhor Castilho Barbosa, situado no subsolo da Igreja Nossa Senhora do Pilar.

Inaugurado em 1770, a Casa da Ópera de Vila Rica (atual Teatro Municipal de Ouro Preto) é o mais antigo teatro em funcionamento da América Latina. O local passou por uma restauração e foi reaberto ao público em 2007.

Entre as construções de valor histórico sobressaem-se: a Casa dos Inconfidentes, a Casa de Tomás Antônio Gonzaga, a Casa de Cláudio Manuel da Costa, a Casa da Câmara e a Fundação de Arte de Ouro Preto (FAOP). Nelas, o visitante conhece mais sobre a Inconfidência Mineira.

Devido à sua topografia, Ouro Preto tem vários mirantes e locais com vistas para apreciar a cidade histórica e tirar boas fotos como o Mirante da Casa dos Contos, Mirante da Rua Getúlio Vargas, a Mureta da Igreja Nossa Senhora das Mercês e Misericórdia, Igreja São Francisco de Paula, Mirante das Lajes, Mirante da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Museu Casa dos Inconfidentes, Morro de São Sebastião e a Igreja Santa Efigênia.

Os primeiros nomes da cidade histórica de Ouro Preto foram Vila Rica de Albuquerque e, depois, Vila Rica de Nossa Senhora do Pilar de Ouro PretoOs primeiros nomes da cidade histórica de Ouro Preto foram Vila Rica de Albuquerque e, depois, Vila Rica de Nossa Senhora do Pilar de Ouro Preto.

Uma das mais importantes edificações históricas tombadas do município é a Estação Ferroviária de Ouro Preto, construída em estilo barroco colonial. Inaugurada em 1888, a estação ferroviária foi concebida para ligar a então capital da província mineira ao Rio de Janeiro, capital do Império. Desativada nos anos 1990, a Estação Ferroviária de Ouro Preto foi reativada em 2006, após uma extensa reforma. Atualmente, o local é um terminal do Trem da Vale, linha ferroviária turística que liga as cidades mineiras de Mariana e Ouro Preto.

Na Estação de Ouro Preto está exposta a Brigardier, também conhecida como Máquina 3. Esta locomotiva foi construída na Alemanha e usada durante a Primeira Guerra Mundial. Depois, ela foi comprada pelo governo brasileiro e serviu de transporte de cargas de olarias e pedreiras.

Algumas das minas de ouro desta cidade histórica estão abertas à visitação, já que Ouro Preto está localizada numa das principais áreas do ciclo do ouro, período da história brasileira também chamado ciclo da mineração e corrida do ouro. As principais minas de ouro são: Chico Rei, Felipe dos Santos, Jeje, Santa Rita, Du Veloso e da Passagem.

Apesar do fluxo turístico ser focado na arquitetura e dimensão histórica da cidade, o ecoturismo ganha força a cada ano na região. Os Parques Estaduais oferecem aos seus visitantes cachoeiras, trilhas seculares e uma enorme área de mata nativa. Os visitantes podem conhecer a Estação Ecológica Estadual Tripuí, o parque próximo ao distrito de São Bartolomeu e o Horto dos Contos.

Fundado em 1799, o Horto dos Contos foi o segundo jardim botânico criado no Brasil. Ele tem uma área de 32 hectares de extensão, com 2,5 km de trilha em pleno centro histórico de Ouro Preto.

Ouro Preto também é um destino de compras. Lojas de joias e artesanato, com trabalhos em pedra sabão e madeira, atraem compradores e admiradores de pedras preciosas. A cidade também oferece várias opções de hotéis, pousadas, bares cafeterias e restaurantes.

Entre as principais festividades do município estão o Carnaval, a Festa do 12 e o Festival de Inverno de Ouro Preto e Mariana - Fórum das Artes. O carnaval é animado pela população local e estudantes, já que as repúblicas estudantis são parte da tradição da cidade. A Festa do 12 comemora a fundação da Escola de Minas e Metalurgia da Universidade Federal de Ouro Preto. O Festival de Inverno, com diversas atrações culturais, acontece todos os anos, em julho.

Localização de Ouro Preto, município do Estado de Minas Gerais. Imagem: Raphael Lorenzeto de AbreuLocalização de Ouro Preto, município do Estado de Minas Gerais. Imagem: Raphael Lorenzeto de Abreu.

O município de Ouro Preto é formado pela sede e por outros 12 distritos: Amarantina, Antônio Pereira, Cachoeira do Campo, Engenheiro Correia, Glaura, Lavras Novas, Miguel Burnier, Santa Rita de Ouro Preto, Santo Antônio do Leite, Santo Antônio do Salto, São Bartolomeu e Rodrigo Silva.

Para chegar de avião a este precioso destino histórico brasileiro, os mais convenientes são os de Belo Horizonte, principalmente o Aeroporto Internacional de Confins. De lá é preciso alugar um carro ou ir até a rodoviária de Belo Horizonte para pegar um ônibus até a cidade histórica. A Rodoviária de Ouro Preto tem conexões com várias cidades no Estado de Minas Gerais e de todo o Brasil.

Não deixe de conhecer também outras atrações históricas próximas como os municípios vizinhos de Congonhas, Ouro Branco e Mariana (a primeira vila, cidade, bispado e capital de Minas Gerais). A viagem de 18 quilômetros entre Ouro Preto e Mariana pode ser feita em trem turístico. Os passageiros podem contemplar a bela paisagem do trajeto histórico. O interior dos vagões em madeira é semelhante aos antigos veículos que transportavam passageiros entre as duas cidades.

Ouro Preto não é só passado. O município mantém suas tradições, mas ao mesmo tempo, é um dos destinos que serão tendência no próximo ano.

A escolha dos oitos destinos foi baseada em um levantamento realizado pela Booking.com. Os dados da pesquisa foram fundamentais para determinar quais os destinos nacionais que tiveram um aumento de interesse entre os viajantes e que devem continuar com tendência de alta em 2024.

Lista dos destinos tendência nacionais para 2024

Confira a análise de cada um dos destinos escolhidos pela pesquisa dos oito destinos tendência nacional para 2024, segundo a Booking.com.

Destino - Estado
Olímpia - São Paulo
Publicado em 14/12/2023

Foz do Iguaçu - Paraná
Publicado em 15/12/2023

Petrópolis - Rio de Janeiro
Publicado em 18/12/2023

Poços de Caldas - Minas Gerais
Publicado em 21/12/2023

Teresina - Piauí
Publicado em 23/12/2023

Blumenau - Santa Catarina
Publicado em 26/12/2023

Ouro Preto - Minas Gerais
Publicado em 28/12/2023

Brasília - Distrito Federal
Publicado em 30/12/2023

Saiba mais

Estes são os destinos brasileiros que serão tendência em 2024

Site oficial:

Booking.com apresenta os oito destinos tendência nacionais para 2024

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Tags: Ouro Preto | Minas Gerais | MG | turismo em 2024 | destinos nacionais | férias de 2024 | Viajar | Viagem | Viaje | Turismo

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